domingo, 15 de janeiro de 2017

Nas Asas da Poesia: Desarranjos do Mato


Deito as raízes no céu
D´uma terra azulada
Desfolho o seu véu
Na burca desvendada

Broto botões de água
Arredam-se da rede
Caduca está a tábua
Do ar mato a sede

Mastigo restos de luz
Encandeio-me apagado
Os pássaros nadam nus
Espelho-me em prado

Despenteio-me em raminha
Com o tronco da calma
Tesouro de matinha
Voando na minha palma

Paulo D. de Sousa

1 comentário: