quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Facebook e a manipulação dos media

Hoje estamos de regresso após duas semanas de ausência forçada das comunidades em que nos inserimos no Facebook.

É verdade, o Opina viu temporariamente bloqueada a sua capacidade de divulgação por parte do facebook, dias depois de ter divulgado a petição da PALP (Plataforma Algarve Livre de Petróleo), contra a exploração de petróleo em Portugal.



Num mundo de comunicações globalizadas, em que, como nunca, é possível fazer passar uma mensagem por milhares, senão milhões, de pessoas num curto espaço de tempo, torna-se importante, a nosso ver, a ambição de fornecer informação de qualidade, baseada em argumentação confiável e verificável, sem espaço para sensacionalismos, desinformações e fraudes que, infelizmente minam os meios de comunicação social (Facebook entre eles) com o objectivo de, ao invés de educar e informar, estupidificar as massas e gerar confusão, ruído e descrença.

Fiel aos seus propósitos, a linha editorial do Opina prima pela divulgação de conteúdos culturais e de cidadania, de maneira correcta, séria e honesta, sem recurso a spam, phishing, comportamento ou linguagem ofensiva ou desrespeitosa, nudez, incentivo ao ódio ou à violência, conteúdo gráfico ou violento, automutilação, bullying ou assédio, qualquer tipo de actividade criminosa, exploração ou violência sexual ou venda ilegal de bens regulamentados, respeitando os padrões de comunidade do Facebook e os mais basilares pressupostos de convivência em comunidade.

Apesar disso, o Opina – Espaço de Divulgação Cultural, viu bloqueados as suas funcionalidades de partilha de conteúdos, sem justificação ou motivo apresentado para a acção tomada, e sem qualquer tipo de resposta à reclamação endereçada no seguimento de tal bloqueio.

Enquanto instituição que utiliza o Facebook enquanto meio de divulgação de conteúdos culturais e de cidadania, preocupa-nos que uma plataforma que preza “a partilha de informação como forma de tornar o mundo mais aberto e ligado” use de modo arbitrário as sanções à sua disposição para limitar quem trabalha para o mesmo fim, assim como estranhamos que tal acção tenha ocorrido dias depois da publicação de um artigo de relevância económica e política, neste caso, de apoio a uma petição (que entretanto chegou à Assembleia da República), contra a exploração de petróleo na costa Portuguesa.



Assim, e em jeito de conclusão, apelamos a que o Facebook reveja os critérios (ou a aplicação dos mesmos) pelos quais regulamenta o fluxo de informação na sua rede; ao espírito crítico dos cidadãos que consomem, comentam e partilham informação, pois nestes recai a possibilidade de, através da sua exigência para com a qualidade e rigor informativo, melhorar os padrões da informação fornecida nos meios de comunicação social; e a que se partilhe este apelo como garante que, este e outros espaços de divulgação informativa de qualidade, que trabalham para tornar a rede global a que chamamos internet, um local mais amplo, mais rico em conteúdos culturais e de cidadania, não sejam alvo de sanções que, segundo os padrões de comunidade do Facebook, não lhes deviam ser aplicados.

A todos os que nos lêem e divulgam o nosso muito obrigado!


Nuno Soares

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